No final do ano passado (2023) a Amil foi vendida pelo grupo UHG por R$ 2 bilhões. O empresário José Seripieri Filho, fundador da Qualicorp e a Qsaúde (hoje fora da operação dessas empresas) comprou a companhia e também assumiu a dívida da empresa que totaliza cerca de R$ 9 bilhões. Como isso impacta profissionais credenciados a esses planos é o que vamos discutir nesse post.
A situação da Amil
O empresário assume a empresa em um momento difícil, onde os planos de saúde sofrem com a alta sinistralidade (mais de 100% no caso da Amil) e uma severa crise financeira no setor, advinda dos movimentos econômicos pós-pandemia (que já explicamos aqui no blog).
Apesar da Amil ter declarado um faturamento de mais de R$ 26 bilhões em 2023, a companhia fechou o ano com um prejuízo de 1,7 bilhão (além de dívidas e prejuízos acumulados de outros anos), o que não é um bom começo para o Seripieri. Contudo, o empresário foi o grande responsável pela ascensão da Qualicorp, uma das maiores empresas do país em seu setor, o que indica uma tendência de grandes mudanças não só na Amil, mas no setor de planos de saúde todo, na tentativa de mudar o panorama atual da companhia.
A Amil vinha ha alguns anos praticando estratégicas agressivas de precificação, reduzindo seus preços além do limite considerado saudável por concorrentes e investidores. Especializada em planos individuais, a Amil enfrenta dificuldades em aumentar suas receitas com preços tão agressivos, ao mesmo tempo que tem enormes despesas devido à alta sinistralidade.
Quem vai pagar a conta?
Com o Procon e a ANS muito atentos a esses movimentos, o discurso é que o consumidor está protegido de aumentos repentinos e abusivos nos preços, mudanças de regras e coberturas, entre outras coisas que prejudicariam os beneficiários. Com o consumidor protegido, estratégias de aumento de preço não serão viáveis para Seripieri conseguir a recuperação que espera da empresa. Isso significa que o caminho adotado para melhorar os resultados será na direção dos médicos e hospitais.
Sendo o elo mais fraco dessa relação, profissionais da saúde e hospitais credenciados podem sofrer com cortes de pagamentos, redução dos repasses, aumento de glosas e tudo que for necessário para cortar custos da companhia e garantir resultados positivos. Além disso, mudanças na Amil, que é a terceira maior empresa do setor, podem e devem gerar impactos significativos em seus concorrentes também, afetando o mercado de planos de saúde, profissionais, hospitais e beneficiários de forma geral.
O que devo fazer então?
A Bonet é uma empresa especializada em planejamento financeiro, tributário e estratégico, que ajudou e ajuda médicos e profissionais da área da saúde do Brasil todo a planejar suas contas e se preparar contra adversidades (como a do post acima), garantindo uma carreira mais produtiva e um futuro mais tranquilo a esses profissionais!
Comments