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Como o câmbio, a inflação e a taxa de juros realmente afetam as empresas.

Atualizado: 12 de jan.

Frequentemente aparecem notícias que mostram variação dos resultados de uma empresa, seja para cima ou para baixo, e colocam a culpa em algum desses fatores: câmbio, juros e inflação.

Mas você sabe de fato como esses fatores influenciam no resultado de uma empresa?


Nesse post, iremos te ajudar a entender:

  • por que o dólar alto é bom para o agronegócio, por exemplo

  • por que a inflação pode ser boa em alguns casos

  • quais setores são beneficiados por juros altos

Primeiramente, vamos falar de câmbio. Normalmente uma pessoa comum acredita que o câmbio alto é ruim. E geralmente, isso é verdade, pois além de encarecer viagens, o dólar alto encarece produtos e matéria-prima importados. O Brasil importa boa parte de seus produtos, principalmente produtos que envolvem tecnologia mais avançada (veículos, computadores, celulares) assim como peças e matéria-prima (alumínio, microprocessadores, polímeros), e um dólar alto realmente encarece esses produtos.

Contudo, um dólar alto beneficia um setor muito forte no Brasil: o agronegócio e a produção de alimentos. Sendo um dos maiores de exportadores de café, soja, trigo e carne do mundo, todo esse setor se beneficia com um dólar alto, pois vendendo sua mercadoria para o exterior, os produtores ganham mais vendendo em uma moeda mais valorizada, e isso acaba trazendo muita riqueza para o país, de certa forma.


Já a inflação é geralmente entendida como excesso de dinheiro no mercado, mas onde ela é sentida na prática é no aumento de preços. Varejistas podem decidir aumentar seus preços, seja por estarem lucrando pouco ou pelo aumento de preço de fornecedores. E fornecedores aumentam o preço pelo mesmo motivo. E quem também empurra esses preços para cima e para baixo, além do comportamento do consumidor, são fatores como câmbio (dólar mais alto, matéria-prima mais cara, precisa aumentar o preço para compensar) e juros (empréstimos e dívidas mais “caros”, aumenta a despesa da empresa, precisa aumentar o preço para compensar).

No geral, a inflação é ruim para as empresas, pois com o aumento de preços o consumidor compra menos. Mas quando não existe nenhum substituto para o produto vendido pela empresa e/ou seus custos e despesas não são afetados pela inflação, a empresa consegue se sair bem nesse cenário.

Dois exemplos são empresas que dominam mercado de consumo básico, como supermercados e farmácias grandes e bem localizados, que podem aumentar seus preços sem ter medo de perder clientes, pois seus produtos não são dispensáveis. Shoppings também se beneficiam, pois tem custos fixos negociados em longos prazos e receitas atreladas ao próprio índice de inflação, o IPCA.


Já os juros prejudicam quem tem dívidas. Empresas endividadas, com muitos empréstimos ou que compram de forma parcelada acabam pagando mais caro nessas dívidas quando o juro é mais elevado. Quem acaba se beneficiando com isso, consequentemente, são empresas do setor financeiro, como bancos, seguradoras e empresas de cartão de crédito. Como esse setor tem boa parte da sua receita atrelada a taxa básica de juros (Selic), elas acabam faturando mais com esse aumento.


Em suma, podemos entender que um câmbio alto, uma inflação alta ou um juro alto nem sempre são ruins, basta apenas saber aproveitar as oportunidades que esses movimentos proporcionam.


E você, já planejou as finanças da sua empresa para se proteger e aproveitar as movimentações (intensas) do mercado nos últimos meses? Fale conosco e saiba mais!


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